Câncer colorretal: diagnóstico e tratamento cirúrgico

O câncer colorretal é um dos tumores mais frequentes no mundo e, infelizmente, também no Brasil. ****A boa notícia é que contamos com mecanismos de rastreio populacional efetivo e acessível, promovendo um diagnosticado precoce, aumentando as chances de cura.

Normalmente, a investigação pela doença começa a partir da descoberta de pólipos ou lesões suspeitas no intestino.

Entender as opções de tratamento, especialmente o cirúrgico, é um passo essencial para enfrentar a doença com clareza e confiança.

O que é o câncer colorretal

O câncer colorretal é um tumor que se desenvolve no intestino grosso (cólon) ou no reto. A doença geralmente começa a partir de pólipos — pequenas lesões que crescem na parede interna do intestino e que, ao longo do tempo, podem sofrer alterações e se transformar em câncer.

Quando identificado em fases iniciais, o tratamento cirúrgico, e até endoscópico, pode ser curativo, muitas vezes sem a necessidade de tratamentos complementares.

Sinais de alerta

Embora muitos casos de câncer colorretal possam ser silenciosos nas fases iniciais, alguns sinais merecem atenção:

  • Sangue nas fezes, que pode aparecer em pequenas quantidades ou ser visível em maior volume.
  • Alterações no hábito intestinal, como constipação ou diarreia persistente sem causa aparente.
  • Sensação de evacuação incompleta, mesmo após ir ao banheiro.
  • Dor ou desconforto abdominal, que não melhora com medidas simples.
  • Perda de peso inexplicada ou cansaço excessivo, relacionados a anemia crônica.

Reconhecer esses sintomas e procurar avaliação médica é essencial. O atendimento precoce permite confirmar ou descartar a presença de lesões suspeitas e, quando necessário, iniciar rapidamente o tratamento adequado.

Diagnóstico do câncer colorretal

O diagnóstico do câncer colorretal geralmente começa com exames de rastreamento, como a colonoscopia, indicada a partir dos 45 anos ou antes, em pessoas com histórico familiar. Quando o exame identifica pólipos, eles podem ser retirados no próprio procedimento. Caso haja uma lesão suspeita, é feita biópsia para confirmar o diagnóstico.

Também utilizamos exames de imagem, como tomografia e ressonância, para avaliar a extensão da doença e planejar o tratamento mais adequado.

O papel da cirurgia no câncer colorretal

O tratamento cirúrgico é a principal forma de cura do câncer colorretal. A cirurgia consiste na retirada do segmento do intestino comprometido, junto com os linfonodos da região. Essa abordagem permite remover completamente o tumor e reduzir o risco de recorrência.

Existem técnicas modernas e minimamente invasivas, como a cirurgia laparoscópica e a cirurgia robótica. Ambas permitem uma recuperação mais rápida, menos dor no pós-operatório e menor tempo de internação, quando bem indicadas.

Cada caso é avaliado de forma individualizada. Em alguns tumores de reto, por exemplo, pode ser necessário combinar a cirurgia com radioterapia ou quimioterapia antes ou depois do procedimento.

Tratamento multidisciplinar

O tratamento clínico do câncer colorretal é conduzido em parceria com oncologistas, que definem a necessidade de quimioterapia ou imunoterapia, dependendo do estágio da doença. Essa integração é fundamental para garantir que o paciente receba um cuidado completo e personalizado.

Cuidar da saúde intestinal e realizar exames preventivos é a melhor forma de evitar o câncer colorretal ou diagnosticá-lo precocemente. Se você recebeu esse diagnóstico, saiba que existem tratamentos modernos e eficazes. Estou à disposição para orientar e conduzir o tratamento cirúrgico de forma segura e acolhedora, em parceria com uma equipe multidisciplinar.

Perguntas Frequentes (FAQ)
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Na maioria dos casos, sim. A cirurgia é a principal forma de remover o tumor e oferecer chance de cura. Em situações muito iniciais, lesões restritas à mucosa podem ser tratadas apenas com colonoscopia, mas isso é menos comum.

A recuperação varia de acordo com a técnica utilizada e o estado geral do paciente. Em cirurgias minimamente invasivas, muitos pacientes recebem alta em poucos dias e retomam suas atividades em algumas semanas.

Depende do local e da extensão da ressecção. Alguns pacientes podem precisar de ostomia temporária (bolsinha coletora), mas na maioria dos casos ela é reversível. O planejamento detalhado da cirurgia busca sempre preservar a qualidade de vida.

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